Presidente de estatal é exonerada após prints contra Lula e fotos com Michelle Bolsonaro

Estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) é presidido, desde outubro, por uma diretora que comemorou a prisão de Lula e tem fotos com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Sabrina Góis assumiu o comando do SGB em 15 de outubro, após aprovação do conselho de administração da empresa. Desde então, ela acumula a função com a Diretoria de Infraestrutura Geocientífica, que ocupa desde 2024.

Em suas redes sociais, atualmente fechadas apenas para amigos, a presidente interina do SGB ostenta ao menos uma postagem comemorando a prisão do atual chefe do Palácio do Planalto em 2018, conforme prints obtidos pela coluna.

“Dia histórico! Lindo!!! Sonhado!!! (sic)”, escreveu Sabrina no Instagram, em 7 de abril de 2018, ao lado de uma imagem de Lula com a frase: “Urgente! Lula está oficialmente preso!”.

A coluna também obteve uma foto antiga de Sabrina ao lado de Michelle Bolsonaro, que costuma fazer duras críticas a Lula e ao atual governo nas redes e em discursos. A imagem, porém, já foi apagada pela diretora das redes sociais.

Quem é a presidente da estatal

Sabrina assumiu o SGB no lugar de Inácio Melo, que deixou o comando da estatal após o Metrópoles, por meio da coluna Paulo Cappelli, revelar que ele utilizou recursos públicos para bancar viagens de seus filhos.

Ela é companheira de Carlos Henrique Sobral, homem forte de Eduardo Cunha e Geddel Vieira no passado e que, no governo Lula, comanda a Secretaria Nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimento do Ministério Turismo.

O que diz a presidente da estatal

Em nota, a assessoria de imprensa do SGB afirmou que as postagens de Sabrina nas redes sociais foram feitas em “contexto político anterior ao atual” e “não refletem a conduta institucional” dela, lnem sua atuação à frente do órgão”.

“A escolha de Sabrina Góis para o cargo ocorreu no contexto de reorganização do órgão e em reconhecimento ao trabalho, alinhado às diretrizes do governo do presidente Lula e em cooperação com os ministérios e órgãos parceiros. Reforçamos que o nome da presidente foi validado pelo Comitê de Elegibilidade, pelo Conselho de Administração da empresa e Casa Civil”, diz o órgão na nota.

A estatal diz ainda que a diretora-presidente “tem sido atacada por pessoas que não toleram ver uma mulher em uma posição tão importante como a presidência do SGB, em especial uma mulher que se declara evangélica”.

A nota destaca ainda que Sabrina é a primeira mulher a assumir a chefia da SGB e que ela chegou ao cargo como “técnica”. “Ela não possui filiação partidária. Não é honesto quererem atrapalhar seu trabalho por postagens de oito anos atrás”, diz o órgão.

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