
Médico é preso por suspeita de matar esposa envenenada em SP
- 08-05-2025 09:56
O médico Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, e sua mãe, Elizabete Arrabaça, foram presos preventivamente nesta terça-feira (6), em Ribeirão Preto (SP), sob suspeita de envolvimento na morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, de 37 anos. Segundo laudo toxicológico, Larissa foi envenenada com “chumbinho”, substância altamente tóxica usada como raticida, em março deste ano.
Natural de Pontal, na região metropolitana de Ribeirão Preto, Luiz Garnica era casado com Larissa desde setembro de 2014. Nas redes sociais, ele se apresentava como médico do esporte e ortopedista, atuando nas áreas de hipertrofia, emagrecimento, saúde hormonal e envelhecimento saudável. Frequentemente publicava fotos ao lado da esposa e da cachorrinha do casal, Pandora, de oito anos, demonstrando uma vida familiar aparentemente harmoniosa.
Formado em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) em 2011, Garnica concluiu uma pós-graduação em Medicina do Esporte pela Faculdade BWS em 2023. Seis semanas antes do crime, ele publicou uma foto de Larissa com a legenda: “Te fazer feliz para o resto de sua vida”.
O caso
Larissa foi encontrada morta por Luiz na manhã de 22 de março, no apartamento do casal, no bairro Jardim Botânico, zona sul de Ribeirão Preto. O corpo já apresentava rigidez cadavérica, o que indicava que a morte havia ocorrido horas antes. A polícia passou a suspeitar do médico devido à forma como ele encontrou o corpo e por sua tentativa de limpar o apartamento antes da chegada da perícia, ação vista como uma possível tentativa de ocultar provas.
As investigações também apontaram o envolvimento da mãe do médico. Uma testemunha revelou que, cerca de 15 dias antes da morte de Larissa, Elizabete procurava por “chumbinho” para comprar. Além disso, a sogra da vítima afirmou em depoimento que teria sido convidada por Larissa para uma conversa na noite anterior ao crime — versão que foi desmentida por evidências coletadas pela polícia.
Diante dos indícios, a Justiça autorizou a prisão preventiva de Luiz Garnica e Elizabete Arrabaça. Celulares e outros dispositivos eletrônicos foram apreendidos e serão analisados para tentar esclarecer a motivação do crime.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso é investigado por meio de inquérito conduzido pela 3ª Delegacia de Homicídios da DEIC do DEINTER 3.