Michelle responde filhos de Bolsonaro e volta a criticar Ciro Gomes: ‘Respeito a opinião, mas penso diferente’

Após os filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro criticarem sua postura como “autoritária”, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para rebater os enteados e comentar a decisão do PL de apoiar a candidatura de Ciro Gomes ao governo do Ceará.

Michelle afirmou que pensa de forma diferente da articulação partidária e que tem o direito de expressar sua opinião. “Antes de ser líder política, sou mãe e esposa”, disse, destacando que prefere priorizar essas funções.

A controvérsia surgiu quando Michelle se posicionou publicamente contra o apoio do PL a Ciro Gomes durante um evento em Fortaleza, defendendo, em contrapartida, a candidatura de Eduardo Girão (Novo) ao governo cearense.

Em suas postagens, a ex-primeira dama afirmou que age de acordo com seus valores, fé e princípios, e que jamais apoiaria alguém que, segundo ela, tenha causado mal a Jair Bolsonaro, referindo-se às críticas que Ciro já fez ao ex-presidente, incluindo chamá-lo de “genocida”.

Vivemos tempos difíceis. Enfrentamos tempestades de injustiças em mares de perseguição agitados. Nesses períodos, é normal que os nervos fiquem à flor da pele e podemos vir a machucar aqueles a quem jamais gostaríamos de magoar. Amo o meu marido, a minha filha e amo a vida dos meus enteados. Eu entendo e sofro a dor deles porque ela também é a minha dor.

Quero lutar junto com eles pela liberdade e pela vida do meu marido porque o amo; cuidarei dele e o defenderei com unhas e dentes, como uma leoa que defende a sua família! Eu respeito a opinião dos meus enteados, mas penso diferente e tenho o direito de expressar meus pensamentos com liberdade e sinceridade.

Antes de ser uma líder política, eu sou mulher, sou mãe, sou esposa e, se tiver que escolher entre ser política, mãe ou esposa, ficarei com as duas últimas opções. Cada pessoa é livre para tomar as suas decisões, e eu o faço considerando, coerentemente, os meus valores, a minha fé e os princípios de uma política honesta, limpa e que verdadeiramente transforme a vida das pessoas – é nisso que acredito e é por esses objetivos que tenho trabalhado todos os dias.

Diante disso, eu jamais poderia concordar em ceder o meu apoio à candidatura de um homem que tanto mal causou ao meu marido e à minha família. Como apoiar (ou deixar de, caridosamente, admoestar quem apoia) um homem que foi responsável por implantar a narrativa que rotulou o meu marido como genocida? Como ficar feliz com o apoio à candidatura de um homem que xinga o meu marido o tempo todo de ladrão de galinha, de frouxo e tantos outros xingamentos?

Como ser conivente com o apoio a uma raposa política que se diz orgulhoso por ter feito a petição que levou à inelegibilidade do meu marido e se diz satisfeito com a perseguição que ele tem sofrido? Como eu olharia nos olhos da minha filha quando ela um dia me questionasse por que eu teria apoiado (ou não falei nada quando pessoas do meu partido apoiaram) o homem que tanto mal fez ao pai dela? Desculpem-me; não sou assim!

Acredito em uma política diferente. Não basta derrotar o PT e a esquerda; é preciso fazê-lo mantendo-nos fiéis aos nossos valores e agirmos de maneira coerente com eles. Foi por isso, e apenas por isso, que me manifestei no Ceará. Não podia ficar calada diante desses acontecimentos.

Meu marido tem um coração bom (bom até demais!) e, por isso, tenho o dever de defendê-lo e de me manifestar contra situações que eu sei, serão prejudiciais a ele. Ciro Gomes não é e nunca será de direita. Nunca defenderá os nossos valores. Sempre será um perseguidor e um maledicente contra Bolsonaro.

No evento, vi nos olhos do povo que ama Bolsonaro o mesmo desconforto e insatisfação que eu sinto. Penso que derrotar o PT dessa forma seria o mesmo que trocar Joseph Stalin por Vladimir Lenin. Aqueles que defendem essa aliança são livres para continuar com ela, mas não deveriam me criticar por não aceitá-la. Eu tenho o direito de não aceitar isso, ainda que essa fosse a vontade do Jair (ele não me falou se é).

Muitas vezes, somos nós, esposas, que somos chamadas a mostrar aos nossos maridos que eles podem estar errando. Isso é normal em qualquer casamento e um precisa ajudar o outro. No episódio de Fortaleza, eu fui apenas uma esposa defendendo o seu marido e a sua família de um homem que sempre nos atacou.

Peço aos meus enteados que me entendam e me perdoem. Não foi minha intenção contrariá-los. Eu, assim como eles, quero apenas o melhor para o nosso herói, seu pai, meu esposo e o maior líder que esse país já teve – Jair Messias Bolsonaro.

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