Seleção Brasileira pode usar camisa vermelha? O que diz o estatuto da CBF

A possibilidade de a Seleção Brasileira adotar um uniforme vermelho e preto como segundo padrão surpreendeu o mundo do futebol. A informação foi divulgada pelo site especializado Footy Headlines, que também revelou que o novo modelo seria lançado pela Jordan, marca vinculada à Nike.

A proposta levantou dúvidas sobre sua legalidade, já que muitos clubes têm regras estatutárias rigorosas envolvendo as cores dos uniformes. No caso da Seleção, o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também estabelece normas sobre os símbolos e a identidade visual da equipe.

Segundo o Artigo 13 do Capítulo 3 do estatuto da CBF, os uniformes da Seleção devem seguir as cores da bandeira nacional: verde, amarelo, azul e branco — como ocorre com a tradicional “Amarelinha” e o uniforme azul, usado como segundo padrão.

No entanto, o mesmo artigo permite a criação de modelos comemorativos com outras cores, desde que aprovados pela diretoria da entidade. O texto não especifica exatamente em que situações essas exceções podem ser aplicadas, o que abre margem para interpretações.

“O uniforme obedecerá às cores existentes na bandeira da CBF e conterá o emblema descrito no inciso II deste artigo, podendo variar conforme exigências climáticas, em modelos aprovados pela Diretoria. Não é obrigatório que cada uniforme contenha todas as cores da bandeira, sendo permitida a criação de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”, diz o trecho do estatuto.

Um exemplo recente foi em 2023, quando a Seleção utilizou um uniforme preto em partida contra Guiné, como parte de uma campanha contra o racismo. A ação foi aprovada pela CBF como modelo comemorativo.

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