Só Track Boa: Fãs detonam apresentação de Vintage Culture em edição de 10 anos

Frustração e decepção tomaram conta de boa parte do público que compareceu à edição comemorativa de 10 anos do festival eletrônico Só Track Boa (STB), realizada no último fim de semana na Neo Química Arena, em São Paulo. Apesar da grandiosidade do evento, que reuniu milhares de pessoas e nomes de peso da cena eletrônica nacional e internacional, o que mais repercutiu após o festival foi a performance controversa do anfitrião e principal atração do line-up: Vintage Culture.

Com quatro palcos distribuídos entre os estacionamentos leste e oeste do estádio, o festival contou com uma programação extensa, incluindo artistas como Sara Landry, Fatboy Slim, Argy, Anna, Cat Dealers, Mochakk, Mu540 e até os irreverentes irmãos OSGEMEOS. Cada palco apresentou uma proposta distinta: O NSD (Never Stop Dancing), palco principal inspirado na arquitetura do MASP, recebeu nomes como Artbat e Korolova.

O Oca, com estrutura circular, contou com sets de WhoMadeWho e Massano; o LuvLab, voltado à cena brasileira, teve DJ Marky e Acid Asian; e o Routes, estreia desta edição, trouxe apresentações B2B como Carola B2B Priscila Diaz e DJ Mau Mau B2B Renato Cohen.

No entanto, foi a atuação do anfitrião do festival, Lukas Ruiz, conhecido mundialmente como Vintage Culture, que dominou as conversas, de forma negativa. O DJ, que atualmente figura entre os nomes mais prestigiados da música eletrônica global, se apresentou apenas no sábado, mas não entregou o que os fãs esperavam de uma edição histórica.

Falhas, repetições e falta de emoção

Segundo relatos nas redes sociais, o set de Vintage foi marcado por erros técnicos, repetição de músicas, ausência de surpresas e falta de homenagens ao próprio festival que ele ajudou a fundar e transformar em fenômeno nacional. Muitos apontaram a falta de conexão com o público e a ausência de momentos memoráveis como um verdadeiro baque para quem aguardava uma performance especial. A veterinária manauara Janaina Casemiro foi uma das fãs que expressou sua insatisfação em grupos dedicados à música eletrônica:

“Decepcionante. Parece que não há mais respeito pelos fãs. O set foi péssimo, não teve entrada especial, ele repetiu músicas, e ninguém percebeu nem quando ele saiu do palco. Quer se drogar, deixa para o after. Isso se chama profissionalismo. Foi um desrespeito, ainda mais em um festival que comemora dez anos.”

Outro fã, Leandro Padovani, também não poupou palavras:

“Destruiu o rolê. Essa edição de 10 anos será lembrada como a pior STB da história. Quem viveu o festival até 2023 sabe o que era um rolê de verdade.”

As críticas se multiplicaram em publicações no X (antigo Twitter) e Instagram, onde fãs pediram mais respeito ao público, apontando que, após tantos anos de estrada, o DJ deveria ter entregue uma apresentação à altura da ocasião.

Silêncio de Vintage e clima de cobrança

Até o momento da publicação desta matéria, Vintage Culture ainda não se pronunciou oficialmente sobre as críticas em suas redes sociais. O silêncio do artista tem alimentado ainda mais o descontentamento entre fãs, que esperam ao menos um reconhecimento público da performance. Enquanto isso, o STB segue como um dos maiores festivais de música eletrônica do país, mas com uma edição que ficará marcada não apenas pela grandiosidade, mas por uma das apresentações mais controversas de sua história.

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