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Moraes determina que PF entregue conversas entre Marielle e delegado preso

  • 11-03-2025 08:53

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal (PF) envie a transcrição das conversas entre o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e a ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, juntamente com o motorista Anderson Gomes. Barbosa está preso desde março do ano passado, sob suspeita de ser o mentor do assassinato de Marielle.

A defesa de Barbosa havia solicitado a transcrição das mensagens trocadas com Marielle, alegando que as conversas mostrariam que ele não teve contato com os mandantes do crime e que mantinha um bom relacionamento com a vereadora. Além das conversas com Marielle, a defesa também pediu as mensagens trocadas com o general do Exército Richard Nunes e os delegados da Polícia Civil do Rio, Giniton Lages, Daniel Rosa e Brenno Carnevale. Moraes atendeu ao pedido, destacando que tais solicitações estavam diretamente relacionadas à instrução do processo.

No entanto, o ministro negou outros pedidos feitos pela defesa, como o acesso ao inquérito sobre o monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e um exame clínico para avaliar possíveis “transtornos psiquiátricos” de Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato.

O advogado de Rivaldo, Marcelo Ferreira, afirmou que a transcrição das mensagens reflete a atuação do ex-chefe da Polícia Civil na cobrança de resultados dos delegados e evidencia seu relacionamento profissional com Marielle. Ferreira também destacou que não houve interferência política na nomeação de Rivaldo para o cargo e que a defesa busca incluir nos autos o inquérito sobre a ligação entre Ronnie Lessa e o ex-vereador miliciano Cristiano Girão.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos a tiros em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. O crime permaneceu sem solução por quase seis anos até ser desvendado após uma operação da Polícia Federal, que prendeu os mandantes do crime, incluindo Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, delatados por Ronnie Lessa, autor dos disparos.

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