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Guarda de bebê reborn vira disputa judicial e gera polêmica nas redes sociais

  • 14-05-2025 15:01

O que antes era comum nos processos de divórcio, disputas por guarda de filhos ou animais de estimação, agora dá lugar a uma nova polêmica nos tribunais: a guarda de bebês reborn.

Os bonecos hiper-realistas, que se tornaram febre nos últimos tempos, já são motivo de processos judiciais, conforme relatado pela advogada Suzana Ferreira.

Segundo a profissional, ela foi procurada por uma cliente que buscava formalizar judicialmente a guarda da boneca, adquirida durante um relacionamento que chegou ao fim. O impasse começou quando uma das partes se recusou a abrir mão da “filha reborn”, alegando forte apego emocional.

A boneca, comprada por valor significativo, conta com enxoval próprio e um perfil no Instagram que gera renda por meio de parcerias publicitárias, o que transformou a situação também em uma disputa patrimonial.

“Fui procurada por uma ‘mãe’ de uma bebê reborn para regulamentar a situação da bebê dela, porque ela constituiu uma família, e a bebê reborn faz parte da família. O relacionamento não deu certo e a outra parte insiste em conviver com a bebê reborn pelo apego emocional que teve nela”, relatou a advogada.

Além da convivência com a boneca, o ex-casal também discute judicialmente a administração da conta nas redes sociais. “A administração do Instagram da bebê virou um ponto de conflito patrimonial real”, explicou Suzana, destacando que o perfil é considerado um bem de valor por gerar lucro.

O desfecho do caso ainda não foi divulgado, mas a situação já repercute nas redes sociais. Muitos internautas reagiram com críticas e incredulidade. “Gente, que insanidade mental é essa que as pessoas estão vivendo?”, comentou uma usuária. Outro acrescentou: “Os advogados não deveriam levar isso a sério. Sei que é ofício do trabalho… mas eu, se fosse um, nem dava liberdade e nem mídia para uma situação dessa”.

Apesar das reações, especialistas apontam que relações emocionais com bebês reborn são reais para algumas pessoas e, em certos casos, se tornam parte importante da rotina e até da identidade familiar, o que pode acabar refletido também no Judiciário.

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