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Condenada a 61 anos, Adriana Villela será julgada nesta terça pelo STJ

  • 10-03-2025 09:59

Nesta semana, um novo capítulo do Crime da 113 Sul pode se desenrolar, possivelmente resultando na prisão imediata de Adriana Villela. Na terça-feira (11/3), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgará o pedido de detenção da arquiteta, condenada a 61 anos pela morte de seus pais e da empregada do casal. A família morava na 113 Sul, uma área nobre do Distrito Federal.

Em 2019, Adriana foi condenada pelo Tribunal do Júri de Brasília como mandante do triplo homicídio que chocou o Distrito Federal e o Brasil. Apesar da condenação, a arquiteta permanece em liberdade, pois sua defesa entrou com recurso contra a decisão.

O que significa o julgamento de Adriana Villela pelo STJ?
• O julgamento do STJ baseia-se em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que pode alterar a situação de Adriana.
• Até 2024, o Código de Processo Penal (CPP) permitia que réus primários condenados em primeira instância permanecessem livres até esgotarem todas as possibilidades de recurso.
• No entanto, em setembro do ano passado, o STF decidiu que os tribunais do júri – onde ocorrem os júris populares – têm soberania para decidir sobre a execução imediata das penas impostas aos condenados.
• O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) fundamentou o pedido de prisão imediata de Adriana Villela com base nessa decisão.
• A defesa de Adriana, por sua vez, argumenta que a utilização desse novo entendimento do STF pelo MPDFT é “absolutamente teratológica [anormal]” e que as decisões mencionadas pela acusação são “preclusas”, ou seja, perderam o prazo legal.
• A defesa também busca a anulação do júri que a condenou em 2019.

Em 2019, Adriana Villela passou pelo julgamento mais longo da história do Distrito Federal, que durou 10 dias e mais de 100 horas de discussões no Tribunal do Júri de Brasília. Ela foi condenada a 32 anos de reclusão pelo homicídio do pai, José Guilherme Villela, mais 32 anos pelo da mãe, Maria Villela, e 23 anos pelo assassinato da empregada da família, Francisca Nascimento Silva. Também foi condenada a 3 anos e 6 meses pelo furto de joias e dinheiro. As penas, no entanto, não são somadas, e o juiz determina o tempo total, resultando em uma sentença de 61 anos e 3 meses.

Os outros três envolvidos no crime, também condenados pelo Tribunal do Júri, receberam as seguintes penas: 62 anos para Paulo Cardoso Santana, 60 anos para Leonardo Campos Alves, e 55 anos para Francisco Mairlon.

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