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Casamentos entre mulheres crescem e batem recorde no Brasil

  • 16-05-2025 20:34

O Brasil registrou, em 2023, um recorde histórico de casamentos civis entre mulheres: 7 mil uniões, um aumento de 5,9% em relação a 2022, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (16). Esses casamentos representaram 62,7% das 11,2 mil uniões homoafetivas totais do ano — o maior número desde que foram legalizados em 2013. Por outro lado, os casamentos entre homens caíram 4,9%.

No total, foram registrados 940,8 mil casamentos (hetero e homoafetivos), uma queda de 3% em relação a 2022, dando continuidade à tendência de baixa que se intensificou após 2015.

A taxa de nupcialidade caiu para 5,6 por mil pessoas com 15 anos ou mais — bem abaixo dos 12,2 registrados em 1980. Especialistas atribuem essa mudança a transformações culturais e jurídicas, como a valorização de relacionamentos informais e a equiparação legal entre casamentos e uniões estáveis.

A idade média dos cônjuges também aumentou: homens heterossexuais se casam com 31,5 anos, mulheres com 29,2; já entre casais homoafetivos, as médias são 34,7 (homens) e 32,7 (mulheres).

Os divórcios também aumentaram: foram 440,8 mil em 2023, crescimento de 4,9% em relação a 2022. A idade média no momento do divórcio foi de 44,3 anos para homens e 41,4 para mulheres. O tempo médio de duração dos casamentos caiu de 15,9 anos (em 2010) para 13,8 anos.

Desde 2014, há aumento contínuo da guarda compartilhada de filhos após divórcios, impulsionado por mudanças na legislação.

Esses dados refletem mudanças profundas nas estruturas familiares brasileiras, marcadas por maior liberdade de escolha, diversificação das formas de união e novas dinâmicas sociais e jurídicas.

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