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Consumo de maconha durante a gravidez faz mal para o feto, aponta estudo

  • 06-05-2025 14:28

O uso de maconha se difundiu nas últimas décadas, embora seus impactos na saúde ainda não estejam totalmente esclarecidos. Com o avanço da ciência, no entanto, seus efeitos tornam-se cada vez mais evidentes. Agora, um estudo lança luz sobre as consequências da droga no desenvolvimento fetal.

De acordo com uma revisão científica publicada nesta segunda-feira, 5, na JAMA Pediatrics, o uso de maconha durante a gravidez pode ter efeitos graves sobre o desenvolvimento do feto, incluindo maior risco de prematuridade, baixo peso ao nascer e até aumento na mortalidade neonatal.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram 51 estudos, que juntos englobam mais de 21 milhões de participantes. Os dados indicam que o uso recreativo de maconha durante a gravidez — especialmente nos três primeiros meses — está associado a um risco 52% maior de nascimento prematuro e 75% maior de baixo peso ao nascer. Embora apenas seis estudos tenham avaliado o impacto na mortalidade, eles apontam para um risco 29% maior.

Esse não é um efeito desconhecido entre os especialistas. “Em média, em termos de grandes populações, já existem boas evidências de que [o uso] pode estar associado a malformações. Então, é bom evitar”, afirmou o neurocientista da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Sidarta Ribeiro.

Por décadas, o estudo da maconha e de outros psicodélicos foi limitado por rígidas restrições legais impostas pelas políticas de guerra às drogas. No entanto, esse cenário começou a mudar após pesquisas demonstrarem a eficácia de substâncias presentes na planta, como o canabidiol (CBD), no tratamento da epilepsia.

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